Sinopse: Adaptação em português do clássico da literatura inglesa, com linguagem
acessível para o público jovem. Na Inglaterra, no século XIX, as irmãs
Dashwood ficam desamparadas com a morte do pai, que deixara suas
propriedades em Norland ao filho do primeiro casamento. Mudam-se para um
chalé em Devonshire, oferecido por um primo da viúva. A autora não faz
concessões à sociedade da época, traçando um painel mordaz de tipos
interesseiros, cujo objetivo de vida consiste em obter meios de
enriquecer e projetar-se socialmente, seja herdando fortunas, seja
casando-se por conveniência.
Razão e Sensibilidade conta a história de duas irmã, Marianne e Elinor, de uma família rica, que perdem sua renda quando o irmão por parte de pai, John, herda todos os bens do pai, o senhor Dashwood, com o compromisso de cuidar da madrasta e das três irmãs, o que aos poucos vai ignorando e com os incentivos de sua mulher, Fanny, acaba de vez por descumprir.
Assim, a senhora Dashwood e suas três filhas se mudaram para Devonshire, em um chalé cujas despesas podiam arcar, que descobrem ser de um parente distante.
Apesar do sofrimento em romper com suas raízes, com o lar que sempre as abrigaram e no caso de Elinor, a filha mais velha, se separar de Edward Ferrars, irmão de Fanny, por quem havia se apaixonado; acabam por se acostumar e a hospitalidade com que são tratados, somado ao conhecimento de novas pessoas como o Coronel Brandon, que se apaixona por Marianne, e Willoughby, tornam a morada mais acolhedora.
Isso, contudo, não erradicou os problemas. Marianne é seduzida por Willoughby, mas acaba decepcionada com seu caráter e Elinor continua a amar aquele que não lhe dispensa atenção.
Vivemos, no decorrer do livro, a angústia de Elinor que apesar da racionalidade que possui ao assumir a impossibilidade de um compromisso com Edward pela sua condição financeira e a oposição da família dele, tem esperanças que ele a ame e continua a suportar diversas situações. Também vivemos a angústia de Marianne, sua decepção amorosa e da família em geral ao ter que se adaptar a uma nova realidade.
É mais um livro em que Jane Austen faz uma crítica à sociedade que vê nos casamentos somente a oportunidade de ascensão social e financeira e que coloca os bens materiais à frente do sentimento e mesmo dos laços familiares.
Apesar de ser um livro muito bom para se pensar a sociedade da época, fazer comparações com a atual e de demosntrar um análise de personalidades que só um bom observador poderia fazer, confesso que me decepcionei com a ingenuidade de Marianne, com a complacência do Coronel e com a fraqueza de espírito de Edward. Apesar de tudo não posso deixar de julgar este um livro interessante e que esses fatores não mudaram em nada minha admiração pela autora.