quarta-feira, 22 de agosto de 2012

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[Resenha] RAZÃO E SENSIBILIDADE

Sinopse: Adaptação em português do clássico da literatura inglesa, com linguagem acessível para o público jovem. Na Inglaterra, no século XIX, as irmãs Dashwood ficam desamparadas com a morte do pai, que deixara suas propriedades em Norland ao filho do primeiro casamento. Mudam-se para um chalé em Devonshire, oferecido por um primo da viúva. A autora não faz concessões à sociedade da época, traçando um painel mordaz de tipos interesseiros, cujo objetivo de vida consiste em obter meios de enriquecer e projetar-se socialmente, seja herdando fortunas, seja casando-se por conveniência.              










               Razão e Sensibilidade conta a história de duas irmã, Marianne e Elinor, de uma família rica, que perdem sua renda quando o irmão por parte de pai, John, herda todos os bens do pai, o senhor Dashwood, com o compromisso de cuidar da madrasta e das três irmãs, o que aos poucos vai ignorando e com os incentivos de sua mulher, Fanny, acaba de vez por descumprir.
          Assim, a senhora Dashwood e suas três filhas se mudaram para Devonshire, em um chalé cujas despesas podiam arcar, que descobrem ser de um parente distante.
           Apesar do sofrimento em romper com suas raízes, com o lar que sempre as abrigaram e no caso de Elinor, a filha mais velha, se separar de Edward Ferrars, irmão de Fanny, por quem havia se apaixonado; acabam por se acostumar e a hospitalidade com que são tratados, somado ao conhecimento de novas pessoas como o Coronel Brandon, que se apaixona por Marianne, e Willoughby, tornam a morada mais acolhedora.
             Isso, contudo, não erradicou os problemas. Marianne é seduzida por Willoughby, mas acaba decepcionada com seu caráter e Elinor continua a amar aquele que não lhe dispensa atenção.
          Vivemos, no decorrer do livro, a angústia de Elinor que apesar da racionalidade que possui ao assumir a impossibilidade de um compromisso com Edward pela sua condição financeira e a oposição da família dele, tem esperanças que ele a ame e continua a suportar diversas situações. Também vivemos a angústia de Marianne, sua decepção amorosa e da família em geral ao ter que se adaptar a uma nova realidade.
              É mais um livro em que Jane Austen faz uma crítica à sociedade que vê nos casamentos somente a oportunidade de ascensão social e financeira e que coloca os bens materiais à frente do sentimento e mesmo dos laços familiares.
             Apesar de ser um livro muito bom para se pensar a sociedade da época, fazer comparações com a atual e de demosntrar um análise de personalidades que só um bom observador poderia fazer, confesso que me decepcionei com a ingenuidade de Marianne, com a complacência do Coronel e com a fraqueza de espírito de Edward. Apesar de tudo não posso deixar de julgar este um livro interessante e que esses fatores não mudaram em nada minha admiração pela autora.
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[Resenha] OS TRÊS MOSQUETEIROS




Sinopse: Os três mosqueteiros estão prontos para defender o rei Luiz XIII. Athos, Porthos e Aramis enfrentam todos os perigos para impedir que o demoníaco Cardeal Richelieu destrua o rei da França. Enquanto isso, o jovem D'Artagnan que sonha ser um Mosqueteiro, coloca sua vida em risco quando resolve agir sozinho e apaixona-se pela Condessa de Winter, a bela espiã de Richelieu. Se D'Artagnnan conseguir escapar das armadilhas da Condessa e tornar-se um Mosqueteiro, ainda assim terá que provar sua lealdade e habilidade de grande espadachim. 








 


                 Os Três Mosqueteiros é uma história ambientada no século XVII, durante o reinado de Luís XIII na França. Tem como eixo principal a história de D’Artaghan, um jovem que sai da Gasconha para Paris em busca de glória e do uniforme de mosqueteiro; e dos três mosqueteiros Athos, Porthos e Aramis. Os quatro se tornam amigos em uma infeliz situação de embate enquanto são surpreendidos pelos homens do cardeal Richelieu que têm carta branca  para dar fim a quaisquer duelos, na época proibidos. Essa amizade é fortalecida em meio a missões em nome do rei e para proteger a honra da rainha Ana d'Áustria.
                      Athos, Porthos e Aramis são personagens surpreendentes como já podemos supor por seus nomes estranhos que são  na verdade pseudônimos. Athos é um homem altivo e misterioso, Aramis é uma mistura de castidade religiosa com o amoroso pagão e Porthos é um típico barulhento e extravagante, mas de bom coração. Juntos ao jovem e astuto D’Artaghan passam por situações surpreendentes e conflitos instigantes. Participam de aventuras, seduções, tramas e conspirações da corte, intrigas pessoais e políticas entre a França, Inglaterra e Áustria; enfrentam personagens como o cardeal e primeiro ministro Richelieu e sua espiã Milady.
                Os Três Mosqueteiros é um dos livros que mais me causou admiração, fiquei encantada com suas tramas, ação e romance e ri a beça com a comicidade dos personagens. É uma mistura de ficção com realidade que me deixou impressionada, a forma como o autor preencheu as lacunas da História com sua imaginação é magnífico. Não pude deixar de admirar esse clássico da literatura que é de um dos autores que mais tomo como exemplo, o afamado Alexandre Dumas. Já o admirava quando li O Conde de Monte Cristo e A Rainha Margot, todavia, depois desse livro, não ouso opor resistência alguma a suas obras.


 

O filme: Dirigido por Paul W. S. Anderson e lançado em 12 de Outubro de 2011, conta somente uma parte da história e apesar do exagero nos combates, na caracterização dos personagens, como o rei que é tratado como um completo tolo, nas armas e no arsenal de guerra; é um filme que foi muito fiel ao livro no sentido de ter expresso a história em sua essência. Também foi muito instigante, cômico  e me serviu muito por facilitar a imaginação do ambiente, das vestimentas e dos personagens. Enfim, gostei e estou ansiosa por uma continuação.

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[Resenha] IFIGÊNIA EM TÁURIDE



                   








                Ifigênia em Táuride foi uma tragédia grega que conta a história de uma filha de Agamenon e Climinestra sacrificada para abrandar a ira da deusa Diana por seu pai ter matado um veado sagrado de um bosque sagrado. Assim ela é transportada a Táuride e se tona sacerdotisa da deusa com a missão de sacrificar os estrangeiros.
           Seu caminho se cruza com de seu irmão Orestes quando este é mandado a Táuride por Apolo para roubar a estátua de Diana como forma de acabar com a perseguição das Fúrias por ter matado sua mãe e o amante, mas ele acaba preso e é Ifigênia a encarregada de seu sacrifício e de seu amigo Pílades.
             Quando a relação de parentesco é descoberta, há a resistência da sacerdotisa em efetuar o sacrifício. Mas como pode fugir de sua obrigação sem ferir a hospitalidade do rei que a acolheu até então? Como voltar para a Grécia e ajudar a libertar seu irmão da perseguição das fúrias sem romper a amizade com um povo que a respeitou e tratou bem? 
              Em meio desses conflitos nos vemos exasperados por Ifigênia. Goethe se utilizou da mitologia para escrever em versos de forma lírica e de fácil leitura. Ifigênia em Táuride não é só mais um mito grego, mas sim um mito grego reescrito nos tempos modernos por um escritor cujas obras se tornaram referências plenas do romantismo.