quinta-feira, 19 de julho de 2012

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[Resenha] JANE EYRE




http://skoob.s3.amazonaws.com/livros/1703/JANE_EYRE_1324350518B.jpgSinopse: Jane Eyre é uma menina órfã que vive com sua tia, a sra. Reed, e seus primos, que sempre a maltratam. Até que, cansada do convívio forçado com a sobrinha de seu falecido esposo, a mulher envia Jane a um colégio para moças, onde ela cresce e se torna professora. Com o tempo, cresce nela a vontade de expandir seus horizontes. Ela põe um anúncio no jornal em busca de trabalho como governanta. O anúncio é respondido pela senhora Fairfax, e Jane parte do colégio para trabalhar em Thornfield Hall. Lá, ela conhece seu patrão, o sr. Rochester, um homem brusco e sombrio, por quem se apaixona. Mas um grande segredo do passado se interpõe entre eles.



 

 
        Este é um livro clássico trágico e dramático de Charlotte Brontë (1816-1885), escritora proveniente da era vitoriana, época em que mulheres eram contestadas caso escrevessem, mas esta, juntamente com suas irmãs Emily e Anne Brontë, ocupam ainda hoje espaço considerável na literatura inglesa.
              A trama passa-se no séc. XIX e conta a história de uma garotinha órfã chamada Jane Eyre, deixada aos cuidados da sua tia Sra. Reed, mulher do seu falecido tio Reed.  No entanto, os primos de Jane odiavam, maltratavam e espancavam a órfã (principalmente seu primo John).
             Jane revolta-se com a situação, aos olhos da tia torna-se uma criança mentirosa, mal criada, malvada, e decorrente das falsas acusações termina por ser enviada a um colégio. No instituto Lowood, a garotinha passa por dificuldades, mas é lá onde encontra o amor e a amizade através de sua preceptora miss Temple e sua amiga Helen Burns, que acaba por ser prematuramente levada pela morte e tirada dos braços de Jane.
         Os anos passam, e aos 18 anos decide emancipar-se, buscar uma oportunidade de ser livre e feliz. Assim, escreve um anúncio ao jornal em busca de um emprego como preceptora, acabando por ser solicitada pela governanta de Thornfield Hall, a senhora Fairfax, para cuidar de uma garotinha francesa de nove anos, tagarela, fútil, enérgica e barulhenta chamada Adèle.
             Nesta casa de família, sombria e misteriosa, desenrola essa história, e é em Thornfield onde Jane reencontra mais uma vez o amor, vivendo junto ao misterioso e temperamental Mr. Rochester; descobre nesse lugar sua verdadeira casa, sua felicidade e alegria.
              Garota jovem, porém sem beleza e atrativos, pequena e obscura, Jane chama a atenção de Edward Rochester, dono de Thornifield Hall, por sua sinceridade, singularidade e simplicidade. É difícil captar o romance, pois de forma implícita e quase imperceptível, aos pouquinhos se desenrola certo interesse de ambas as partes e Edward, um homem de feições um tanto feias, porte grande, retratado como um serzinho cínico, arrogante, orgulhoso e solitário, com seus desvios de personalidade e atitudes bruscas, aos poucos conquista Jane, que mais do que as ações rudes, compreende o espírito desse grande homem, vê sua bondade, compaixão e encontra igualdade com sua alma e coração, mesmo havendo diferença de classes e certos impedimentos provindos do passado do Sr. Rochester, que Jane mal conhecia.
           Contudo, o que parecia ser um romance apático, mostra-se cheio de surpresas e conflitos. A personagem aparenta ser controladora de suas ações e de sua realidade, mas o destino reservará certas intervenções. Depois de tentativas de assassinatos, mortes e incêndios, a história termina aprazível e feliz, com certas marcas do passado, mas marcas que o tempo poderá apagar e amenizar.
             Nesta história há um mistério que nos choca, mas por fim mesmo com todas as dificuldades impostas pelo destino, o livro nos cativa com a doçura de um amor além da aparência, além das condições sociais, além da maldade e loucura.
         É um livro belo e diferente, característico de Charlotte Brontë, com personagens obscuros, mas que pela força do caráter não passam despercebidos. Sua heroína não é bela, indefesa e ingênua, e sim carrega grande sabedoria, profundeza de espírito, heroína sem fortuna, mas vigorosa, dona de sua vida e seu destino.

4 comentários:

  1. eu adoro esse livro!! um clássico que todos deveriam ler!!

    gostei do seu blog, estou te seguindo
    comenta lá no meu

    http://lostgirlygirl.blogspot.com.br/

    bjos

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    1. Michele, obrigada !!!
      Espero que continue acompanhando nosso blog *u*
      Já estou seguindo o seu.

      Beijos!!!

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  2. Olha só, que bonito :)
    Faz tempo que não vejo blog's que publiquem sobre livros assim. Parabéns pela resenha :)
    Estou seguindo!
    Visite o Lar da Escriturária, deixe seu comentário :)

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    1. Ah, Teffi obrigada pelo elogio. Realmente não são muitos que leem os clássicos. xD
      Irei visitar seu blog :3
      Beijinhos!!

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